Um dado alarmante, que atualmente, é estimado que quase 10% da população infantil no mundo tenha algum tipo de alergia a algum tipo de alimento.
Humanidade cada vez mais sofre com alergia a diferentes alimentos

Um dado alarmante, que atualmente, é estimado que quase 10% da população infantil no mundo tenha algum tipo de alergia a algum tipo de alimento.

Cada vez mais são diagnosticados pessoas com alguma alergia ou intolerância a algum tipo de alimento, por todo o mundo. Essa informação foi dada por associações médicas e especialistas ouvidos pelos jornalistas do g1. Eles comentam que ainda faltam pesquisas quantitativas que vão demonstrar esse aumento em números percentuais. Porém, os médicos são unânimes em afirmar que mudanças em nossos estilos de vida e em nossa alimentação, contribuem para esse fator e aumento dos casos de alergia e intolerância.

Um “fenômeno epigenético”

Médicos tem utilizado de um termo técnico para tentar explicar esse momento em que vivemos. O termo utilizado é “fenômeno epigenético”. A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) diz que o aumento da alergia alimentar chega a ser algo mais recente. Tendo início cerca de 20 anos atrás, a ASBAI complementa em dizer que:

“Em resumo, doenças alérgicas se desenvolveram em grande parte como resultado de mudanças no estilo de vida, levando a população a se tornar sensibilizada a proteínas estranhas irrelevantes”

Voltando a falar sobre o “fenômeno epigenético”, os médicos se referem a mudanças que acontecem no material genético de um organismo. Essas mudanças não estão diretamente relacionadas a alterações na sequência de DNA. Ao contrário disso, essas mudanças podem ocorrer devido modificações químicas no DNA ou em suas proteínas associadas. Isso pode afetar a expressão de certos genes.

Essas mudanças também podem ser influenciadas por fatores ambientais. Tais como a dieta do indivíduo, o estresse e a exposição a toxinas! O uso do termo “epigenético” se dá ao fato de que essas mudanças podem ser herdadas pelas seguintes gerações. E para isso acontecer não necessariamente precisa de ocorrer uma mudança na sequência de DNA.

Quando estamos tratando de alergias e intolerâncias alimentares, as mudanças epigenéticas, podem afetar como o seu sistema imunológico vai responder a determinado alimentos. Isso acaba tornando-o mais propenso ter uma reação alérgica ou intolerante.

Importante lembrar que essas mudanças, e que um paciente pode começar a sentir os sintomas de uma alergia ou intolerância alimentar em qualquer fase da vida.

Um resumo sobre alergias e intolerâncias alimentares

Atualmente vivemos em um grande dilema: onde existe um maior consumo de alimentos ultraprocessados, além de mudanças ambientais (poluição, maior urbanização), nos hábitos alimentares e no estilo de vida. E isso tudo afeta como nosso corpo vai reagir. E esses podem ser os principais fatores que podem estar contribuindo para um aumento no número de pessoas alérgicas a alimentos no Brasil e no mundo.

José Luiz de Magalhães Rios, é alergista e membro do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), estima que provavelmente cera de 10% de todas as crianças no mundo sofram, tenham algum tipo de alergia ou intolerância alimentar.

José também explica que as questões citadas acima, como alimentos ultraprocessados, mudanças no ambiente e o estilo de alimentação e vida das pessoas no mundo de hoje podem interferir com nosso DNA. Isso faz com que genes que não se manisfestavam antes, ou seja, que estavam reprimidos, se liberem e comecem a provocar as alergias e alterações.

O que é a alergia alimentar?

A alergia alimentar funciona como uma resposta exagerada do sistema de defesa do corpo a alguma substância. Nosso sistema imunológico confunde certo alimento com invasores e produz anticorpos contra ele. Quando isso acontece, o resultado dessa resposta do organismo, pode acabar por desencadear uma série de reações.

Os alimentos que mais causam alergia alimentar:

  • Leite
  • Ovo
  • Trigo
  • Soja
  • Amendoim
  • Castanhas
  • Peixes
  • Gergelim (alguns países)

Recentemente, tivemos uma triste notícia, a morte do influenciador digital Brendo Yan da Silva, que tinha alergia a camarão. Rios diz que é um tipo de alergia que, normalmente, começa na adolescência ou idade adulta. Muitas pessoas comem o alimento até uma certa idade, felizes. Até que, em um belo dia, se tornam alérgicas por causa desses fatores ambientais e alimentares.

O que causa uma alergia alimentar?

O intestino humano conta com um mecanismo imunológico complexo. Ele que desenvolve tolerância aos alimentos ingeridos. Entre os quatro e sete meses de vida a tolerância imunológica é maior. Mesmo sendo na época quando os alimentos devem ser apresentados à criança.

“Mesmo assim, de um modo geral, os alimentos absorvidos pelo intestino vão sendo acompanhados, as proteínas estranhas que vem dos alimentos, que não são proteínas do nosso corpo, elas penetram e o corpo desenvolve uma resposta de tolerância. Quando você quebra essa tolerância, você desenvolve alergia àquele alimento. Aquela proteína passa a ser reconhecida como uma proteína estranha”, comenta sobre o assunto Dr. José, membro da ASBAI.

Quais são os riscos mais comuns de consumir um alimento se você for alérgico ao mesmo

Começamos com a fala de Ana Paula Moschione Castro:

“O risco é imenso. Você pode deflagrar esse processo muito rapidamente. Você pode ter uma reação que pode ser fatal mesmo com pequenas quantidades do alimento”.

São inúmeros e enormes os riscos de se ingerir um alimento que você tem alergia, além disso, podem até levar à morte. A alergia podem acarretar desde reações leves, a reações moderadas e reações muito graves.

Algumas das reações são as seguintes:

  • Edema de glote (inchaço repentino na garganta, que impede a passagem de ar para os pulmões);
  • Choque anafilático (reação alérgica grave que surge em poucos segundos, causando sintomas como coceira, inchaço da boca, língua e rosto);
  • Vômitos;
  • Diarreias;
  • Convulsões;
  • O pior dos cenários, morte.

Sabendo disso: “É muito importante o indivíduo que é alérgico saber a qual alimento ele é alérgico e evitar. Não só de forma visual, mas forma escondida também. É preciso prestar atenção em todos os alimentos que ele vai consumir. Desde a hora da compra, lendo os rótulos, como quando é um alimento já preparado, num restaurante. Ele tem que se certificar de que o alimento ao qual ele é alérgico não faz parte do cardápio que ele está pedindo para ingerir”, alerta José Luiz de Magalhães Rios.

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