Estudo revisa o impacto dos suplementos herbais na lesão hepática induzida por drogas na América Latina, destacando riscos e substâncias implicadas.
Ilustração mostrando o impacto dos suplementos herbais na lesão hepática na América Latina, com mapa da região, suplementos e ilustração de fígado.

Os suplementos herbais e dietéticos (HDS) são amplamente utilizados por suas supostas propriedades terapêuticas. No entanto, há uma preocupação crescente sobre a hepatotoxicidade associada ao seu uso. Este estudo revisa o impacto dos HDS na lesão hepática induzida por drogas (DILI) na América Latina, onde o uso de tais suplementos é culturalmente significativo.

Autores

Dr. Vinícius Nunes* e Nahum Mendez-Sanchez†
*Hospital Universitário Prof. Edgard Santos, Salvador de Bahia, Brasil
†Liver Research Unit, Fundación Clínica Médica Sur, Cidade do México, México

Métodos

O estudo revisou a literatura disponível e analisou dados da rede Latin American DILI Network (LATINDILIN), que registrou casos de DILI relacionados ao uso de HDS. A metodologia incluiu a aplicação da escala RUCAM para avaliação de causalidade e a revisão de casos registrados e reportados em publicações científicas.

Resultados

A análise revelou que 10% dos casos agudos de lesão hepática na América Latina são atribuídos ao uso de produtos HDS. As plantas e suplementos mais frequentemente implicados incluem Centella asiatica, Aloe vera, Camellia sinensis, e produtos da Herbalife. Em muitos casos, a gravidade da lesão hepática exigiu hospitalização, e houve até casos fatais.

Conclusões

O uso de HDS está crescendo exponencialmente na América Latina, aumentando os casos de hepatotoxicidade. A diversidade biológica da região e a forte tradição do uso de ervas medicinais contribuem para este cenário. É crucial aprofundar o conhecimento sobre a epidemiologia regional e as substâncias com maior potencial de dano para promover o uso seguro e racional desses produtos.

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