Hepatites virais consistem na inflamação do fígado provocada por uma infecção viral. Podem se apresentar sem sintomas, apenas com alterações laboratoriais, com sintomas leves ou até mesmo fatais. Podem ser agudas, quando o vírus permanece no nosso corpo por apenas alguns dias, ou crônicas, permanecendo durante muitos anos causando inflamação persistente no fígado, podendo nesses casos, levar à cirrose e câncer de fígado.
Quando apresentam sintomas, eles são diversos, como:
- Febre;
- Mal-estar;
- Náusea;
- Dor abdominal;
- Pele e olhos amarelados;
- Urina escura e fezes claras.
Tipos de hepatites virais
Veja abaixo os tipos de hepatites virais atualmente conhecidas e um pouco sobre cada uma delas.
Hepatite A
Causada pelo vírus da hepatite A (HAV). O vírus é eliminado nas fezes, fazendo com que a transmissão via fecal-oral seja como a doença consegue se propagar dentro da população. Pelo seu meio de transmissão, está normalmente associada a locais com baixos níveis de saneamento básico e hábitos de higiene inadequados.
Os sintomas, se surgirem, incluem febre, dor muscular, mal-estar, diarreia ou constipação, dor abdominal, vômitos e náuseas. Ainda é possível que o paciente apresente olhos e pele amarelado, cujo termo médico é icterícia.
Hepatite B
Já aqui, a causa da doença é pelo vírus da hepatite B (HBV). Ele se encontra no sangue e nas secreções como o sêmen, podendo então ser transmitido por via sexual, contato com objetos perfurocortantes contaminados, transfusões sanguíneas, hemodiálises ou uso de drogas injetáveis e pode também ser transmitida para o bebê quando a gestante está contaminada.
Primeiro ocorre a infecção aguda, no qual pode se resolver de forma espontânea. Porém, em alguns dos casos, a doença permanece no paciente, levando a infecção se tornar uma infecção crônica, com chances de desenvolver, cirrose ou câncer de fígado.
Hepatite C
Causada pelo vírus da hepatite C (HCV), ela também é transmitida de modo semelhante à hepatite B, ou seja, através do contato com sangue contaminado.
A forma aguda é muito rara, e esse tipo de hepatite geralmente cronifica, sendo uma das principais causas de cirrose em todo o mundo.
Hepatite D
Não diferente das outras, a hepatite D é causado pelo HDV (vírus da hepatite D). A hepatite D costuma afetar indivíduos da região amazônica e depende da associação com a presença da hepatite B para infectar o no paciente. Sendo que a infecção do HDV ocorre por meio de uma coinfecção simultânea com HBV ou superinfecção pelo HDV caso o paciente já apresente infecção crônica provocada pelo HBV.
Seu contágio e método de transmissão, são os mesmo das hepatites B e C, sendo por relação sexual desprotegida, de mãe para filho e compartilhamento de objetos, tais como escovas de dente, lâminas de barbear, dentre outros.
Hepatite E
São causadas pelo vírus da hepatite E (HEV), sendo sua principal forma de transmissão pela via fecal-oral, porém pode ser também transmitidas por outros canais. Tais como:
- Ingestão de carne mal cozida de animais doentes;
- Mãe para filho.
O vírus da hepatite E provoca uma hepatite aguda no paciente e de curta duração. Em gestantes, no entanto, deve se ter muito cuidado e pode ser grave. Os sintomas atribuídos a doença são o mal-estar, febre, dores musculares, náuseas, vômito, diarreia ou constipação, icterícia (olhos e pele amarelados) e também urina escura.
Diagnósticos e prevenção
As hepatites virais contam com diferentes formas de transmissão e contágio, sendo assim, existem diferentes formas de prevenção. Se pensarmos nas hepatites A e E, que as principais formas de transmissão são por via fecal-oral, elas podem ser facilmente evitados pela adoção de hábitos de higiene mais adequados.
Caso estivermos pensando em métodos de prevenção para as hepatites B, C e D, elas podem ser prevenidas pelo uso de camisinhas em todas as relações sexuais, também com o não compartilhamento de objetos pessoais e de uso próprio, como escovas de dentes, alicates de unha e também lâminas de barbear.
Vale ressaltar que para as hepatites A e B também existem vacinas, que são mais um meio de prevenção.
Em relação aos diagnósticos em relação às hepatites virais, eles são feitos por meio de análise do paciente e com exames de sangue, os quais vão buscar a presença de anticorpos que agem contra o vírus.
Tratamento para hepatites virais
O tratamento para hepatites virais vai depender do tipo de hepatite encontrada em cada paciente. Podendo ainda ser, que em alguns casos, não há tratamento específico, sendo esse o caso das hepatites A e E.
As hepatites B, C e D, já, por outro lado, possuem tratamento. Porém, é importante ressaltar que somente o tratamento para hepatite C é responsável por garantir a cura da doença em mais de 90% dos indivíduos tratados. Por mais que as hepatites B e D, possuírem tratamentos, muitas vezes eles não são responsáveis pela cura da doença no paciente, e sim para evitar uma complicação do quadro do paciente, na tentativa de controlar o dano no fígado.
Se ainda restam dúvidas..
Se ainda restam dúvidas sobre o trabalho de um médico hepatologista, se você está sentindo alguns dos sintomas descritos acima, não excite de me procurar. Esclarecer dúvidas e procurar tratamento prévio, são sempre a melhor opção.
Veja mais informações sobre o trabalho de um médico hepatologista, os exames, os tratamentos para as principais doenças relacionadas a hepatologia, em nossos outros artigos informativos.